Tempo seco aumenta as idas ao pronto-socorro

Além das doenças de típicas do frio, como gripes e resfriados, a baixa umidade do ar leva muito mais crianças aos hospitais
Ana Paula Pontes e Cíntia Marcucci

Com a chegada do inverno, ocorre também um fenômeno que os pais de crianças pequenas já estão acostumados. A lotação das salas de espera dos pronto-socorros. Só na cidade de São Paulo, as internações por doenças respiratórias entre maio e agosto de 2009 cresceram 45% em relação aos quatro primeiros meses do ano nos hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde). Em 2008 o número chegou a ser 60% superior ao início do ano, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. Além do frio, o tempo seco também é crítico nessa época e os pais devem ficar atentos para amenizar o desconforto da garotada. A cidade de São Paulo enfrentou o mês mais seco dos últimos 8 anos. As crianças são as que mais sofrem com esse tempo que provoca aquela tosse chata ou irritação nos olhos e na pele. É o sinal de que o organismo está sentindo o ressecamento do ar.
“Atualmente, uma em cada cinco crianças têm algum tipo de alergia, e, quando o tempo fica seco, as alérgicas são as que mais sofrem com os desconfortos respiratórios”, diz Cid Pinheiro, coordenador de equipe de pediatria do Hospital São Luiz e professor-assistente do departamento de pediatria da Faculdade de Medicina da Santa Casa.

Veja a seguir dicas do especialista sobre os sintomas e o que fazer quando o ar estiver muito seco:

O que pode acontecer:
Tosse, coceira no nariz (em crianças menores pode até ocorrer casos de sangramento nasal), espirros, garganta seca e falta de ar são as manifestações respiratórias mais comuns. “A mucosa ocular também sofre com essa época de pouca chuva. Os olhos podem coçar e ficar vermelhos.”
A pele também não escapa. Os banhos quentes, o vento frio e o ar seco podem provocar descamações, deixando-a mais propensa a lesões e entrada de bactérias.

O que fazer:
A hidratação, de dentro para fora, é fundamental para melhorar os desconfortos. Água, sucos, chás e sopas são boas opções. “Colocar soluções fisiológicas no nariz da criança e fazer inalações somente com soro ajudam a aliviar o desconforto respiratório.”
Se a irritação for nos olhos, vale pingar algumas gotas de soro e fazer uma limpeza para umidificar o local. Já, se a pele da criança estiver muito ressecada, consulte o pediatra sobre alguma loção para ajudar a protegê-la.
Em casa, a higiene do ambiente com pano úmido no chão e nos móveis é fundamental para eliminar o acúmulo de poeira e evitar crises de alergia.
Outra dica é evitar atividades ao ar livre entre 10 e 16h, quando o tempo está mais quente e o ar, mais seco.

Quando procurar o médico:
Se a tosse da criança vier acompanhada de febre e falta de ar, é preciso consultar o especialista imediatamente, porque o ressecamento das vias aéreas pode provocar crises de alergia, como asma, por exemplo.
O mesmo procedimento deve ser feito caso os olhos da criança permaneçam irritados por mais de três dias, mesmo depois da higienização com o soro.
Se o machucado na pele, causado pela constante coceira, estiver muito vermelho e dolorido, é hora de fazer uma avaliação com o pediatra.



10 passos para reconquistar o seu corpo depois do parto

Tudo o que você precisa saber para recuperar o seu peso de antes em apenas 3 mesesCom o nascimento do bebê, vão-se os quilos a mais que você ganhou na gravidez. Quem já não ouviu essa promessa? Mas isso não é realidade para todas as mulheres – ainda que você fique na dúvida toda vez que uma celebridade aparece linda (e magra) menos de um mês depois do parto. Uma nova pesquisa da Universidade de Granada (Espanha) mostra que, em vez de perder peso no pós-parto, 94% das mulheres ganham quilos a mais. Sim, durante a fase de amamentação você precisa consumir 300 calorias extras, só que as novas mães acabam comendo muito mais do que o necessário. Bastaria comer duas colheres a mais de arroz e tomar dois copos de leite todo dia. Mas dá para fazer mais:



1 - A natureza está ao seu lado. Amamentar emagrece. A produção de cerca de 850 mililitros de leite por dia gasta em média 750 kcal, quase o mesmo que uma suada hora de ginástica aeróbica. E o melhor, sentada na poltrona. "Além disso, a amamentação incentiva a liberação da oxitocina, que estimula a contração do útero. Ele volta ao tamanho normal até seis semanas", diz o obstetra Luiz Fernando Pereira Leite. De quase 1 quilo, no final da gravidez, o útero volta aos habituais 60 gramas e fica levemente maior do que antes. Mas ninguém, além do ultra-sonografista, vai perceber a diferença.

2 - Xô, tentação! Mais tempo em casa e perto da geladeira, fortes mudanças hormonais, adaptação a uma nova e dura rotina de noites maldormidas e ansiedade. Tudo leva ao caminho da cozinha. "Algumas mulheres realmente sentem mais fome durante a amamentação", diz a nutricionista Marle Alvarenga. Aí mora o perigo. Elimine as situações de risco. Dê de presente (sem dó nem piedade) até aquele chocolate belga trazido pelas visitas.

3 - Alimentação saudável, sem mitos. "O segredo é investir em uma dieta balanceada, rica em alimentos com fibras, como verduras, legumes e frutas que dão a sensação de saciedade com poucas calorias; comer várias vezes por dia e não embarcar em mitos como o de comer canjica para aumentar o leite!", afirma a nutricionista Marle Alvarenga.

4 - Mãos à obra. Aposte em massagens que ativam a circulação e também relaxam. "A drenagem linfática, aplicada de forma suave e delicada, pode ser feita assim que você chegar da maternidade", diz Ângela Leal Chichierchio, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética. A técnica estimula o sistema linfático, responsável pela eliminação de toxinas, e reduz o inchaço. Massagens sobre o útero nos primeiros dias são contra-indicadas. Outra opção é a massagem redutora, mais vigorosa, que ajuda a combater a flacidez.

5 - Tratamentos estéticos. A especialista em medicina estética Carla Sallet recomenda nessa fase as sessões de dermotonia, uma drenagem linfática profunda realizada com um equipamento que faz movimentos alternados de pressão e sucção da pele, ajudando a quebrar as células de gordura. Está liberada também a eletroestimulação, que contrai e torce grupos musculares específicos, mais difíceis de ser trabalhados com exercícios físicos. A talassoterapia, banhos de imersão em água com sal e algas, comum na Europa, também costuma ser recomendada nessa fase, pois ajuda a liberar toxinas, melhora o tônus da pele e ainda relaxa.

6 - Tome muita água. "Em torno de 3 litros por dia", afirma a nutricionista Maria Eduarda Ourivio. "O corpo precisa de matéria-prima para produzir leite. Além disso, a água estimula o funcionamento dos rins, acelerando a eliminação dos líquidos que estão retidos por todo o corpo", diz.

7 - Mexa-se... assim que o seu obstetra liberar! Atividades físicas leves podem ser recomeçadas duas ou três semanas depois de um parto normal e de quatro a seis semanas para quem fez cesárea. "Mães que fazem longas caminhadas empurrando o carrinho têm dupla vantagem - melhoram a relação com o bebê e entram em forma rápido", afirma o obstetra Lobão. Quem fez cesariana, por exemplo, deve evitar esforço abdominal nos três primeiros meses. "É melhor dar preferência aos exercícios de baixo impacto ou atividades na água." O ortopedista André Pedrinelli, alerta: no pós-parto aumentam os riscos de distensões, pois a musculatura está mais flácida. Tenha um pouco de paciência.

8 - Livre, leve e solta! É possível que você se sinta incomodada com o peso dos seios ou com o vazamento de leite na hora da caminhada ou da ginástica. "Providencie um top ou sutiã reforçado, absorventes de seio e se organize para fazer atividades físicas depois das mamadas, enquanto seu bebê dorme de barriguinha cheia. É quando os seios estarão mais murchos e leves", afirma Pedrinelli.

9 - Reduza o estresse. Você está cansada, há muito não tem uma noite de sono inteira, mal dá tempo para sentar e fazer uma refeição com calma. "Tente relaxar porque o estresse estimula a produção do hormônio cortisol, que aumenta a retenção de água e dificulta a metabolização das gorduras", afirma a psicóloga especializada em obesidade Silvana Martani. Ioga e meditação são uma excelente pedida.

10 - Cansada demais para tentar qualquer uma dessas coisas? Não desista. Tudo tem jeito. Esse é um período de adaptações. Procure se organizar. Peça a alguém que lhe ajude a preparar uma comidinha gostosa e pouco calórica ou fique com o bebê enquanto você se exercita, nem que seja um pouquinho todos os dias. À medida que o tempo passa, você terá mais disposição. A cada quilo perdido, a cada peça de roupa reconquistada, você vai se sentir mais animada.
Quilos que vão embora fácil
Bebê: 3 kg
Placenta: 700 g
Líquido amniótico: 800 g
Água: de 2 a 4 kg
* Para um aumento de peso de 10 kg durante a gravidez até o fim do primeiro mês

Para que açucareiro?

Com esta ideia original, dá para dispensar o utensílio e ainda fazer bonito na hora do cafezinho. Para começar, uma pequena lousa substitui a bandeja de sempre. Sobre ela, dois tipos de açúcar são oferecidos em forminhas coloridas de cupcake – ambos devidamente identificados com escrita a giz.